Panamik é um vilarejo localizado na estrada que atravessa o Vale de Nubra (Nubra Valley), em Ladakh, extremo norte noroeste da Índia.
* Depois de um longo intervalo, volto com posts e vídeos inéditos sobre Ladakh, na Índia.
Esta estrada segue para a geleira de Siachen, na fronteira com o Paquistão. Mas Panamik é o ponto mais distante que pode ser alcançado pelos turistas!
Para chegar até Panamik, é necessário, à partir de Leh, subir de carro a Khardung-la Pass, uma das montanhas mais altas do mundo que possui acesso a veículos automotores (mais de 5.300m de altitude).
Neste local, houve confrontos entre militares indianos e paquistaneses, durante a Guerra Kargil de 1999, portanto, existe uma forte presença militar em em ambos os lados da fronteira.
Como é uma zona considerada Área Restrita, os turistas estrangeiros que desejam visitar o local precisam de uma permissão especial (Inner-Line Permit) das Forças Armadas da Índia.
As rodovias são controladas pela BRO (Border Road Organisation), que pertence ao Exército Indiano, que é responsável pelo controle terrestre das zonas de fronteira.
As rodovias são controladas pela BRO (Border Road Organisation), que pertence ao Exército Indiano, que é responsável pelo controle terrestre das zonas de fronteira.
Por onde corre a água, o chão é em tons verde-enferrujado.
Esta área fica totalmente isolada do resto do país de outubro a abril, pois o único acesso é terrestre e através das montanhas, cujas estradas ficam totalmente cobertas de neve em boa parte do ano.
Eu fiz uma pequena parada em Panamik Hot Spring, uma Estação de Banhos, mas estava desativada porque ainda não tinha começado a temporada de turismo. Pelo menos a cozinha estava funcionando.
As fontes de água quente brotam da terra e possuem propriedades medicinais curativas, especialmente para doenças cutâneas, gástricas e dores articulares, devido à grande quantidade de enxofre em sua composição.
A água é realmente muito quente e mesmo com o ambiente gélido em volta, ela não esfria enquanto corrente. Mas nos reservatórios parados ela se mantém morna
Esta água naturalmente quente possui uma grande quantidade de enxofre e outros minerais e é indicada para fins medicinais e terapêuticos.
Apesar da grande quantidade de enxofre, a água deste local é inodora como qualquer água limpa.
Ao que parece, 2 canos estão "fechados", devem ser os que abastecem os chuveiros e/ou piscinas desativados.
Não sei se esta cor esverdeada é do enxofre ou de limo!
Para a limpeza e conservação do local, existe uma Cooperativa de Mulheres, que cuidam da manutenção e por isso, é cobrado uma taxa de RS 30 rúpias de cada visitante (cerca de R$ 1,50).
Depois de subir até o local onde brota uma das fontes de água quente, entrei na cozinha da estação para uma beber um chai.
Esse era o menu e eu escolhi um Ladakh Tea e uma massinha, tipo Miojo bem apimentado (para comer, era só o que tinha).
Estas mulheres fazem parte de uma cooperativa feminina que cuida e administra o local.
Ladakh Tea ou Yak Butter Tea: Chá das Montanhas
A massinha estava ok, mas o Ladakh Tea, também chamado de Yak Butter Tea ou Chá das Montanhas, eu não consegui beber. É um chá tibetano com manteiga de leite de Yak e Sal do Himalaia. Muito estranho, dei o primeiro gole e não consegui beber mais. Então pedi um Chai indiano normal.
O lugar é bem rústico e estava vazio, pois não era época da estação turística.
Fotografei o teto porque achei super interessante!
Quando tem muitos turistas, o chá é servido neste ambiente.
Ao lado tem duchas e pequenas piscinas com as águas quentes, mas estavam desativadas.
Na frente desta estação de banhos tem uma placa que explica o motivo de cobrarem Rs 30 rúpias para se visitar a fonte de água, pois eles precisam de recursos para manter o local limpo.
Na placa destaca o uso desta água para fins medicinais e terapêuticos, principalmente para doenças de pele, gástricas e para dores nas articulações.
No próximo post vou dar a receita do Ladakh Tea, caso alguém tenha ficado curioso e deseja fazer, nem que seja parecido, porque por aqui não encontramos Manteiga de leite de Yak. Mas sal do Himalaia já temos!
Beijos,
Ana Maria