A GoAir é uma empresa aérea indiana low cost e foi com ela que eu voei de Delhi até Leh, a capital de Ladakh, no estado da Caxemira, uma cidade incrustada entre a Cordilheira do Himalaias.
Embarcando no Terminal 2 do Aeroporto Indica Gandhi, em Delhi.
A empresa pertence ao Wadia Group, um conglomerado empresarial indiano e sua sede fica em Mumbai.
A GoAir começou a operar em novembro de 2005 e, em 2016 foi a quinta companhia aérea da Índia, participando de 8% do mercado de passageiros.
Aqui estou eu, rumo à minha última aventura na Índia: Ladakh
Sua frota é de Airbus A320 e opera mais de 140 voos diários, para 23 destinos no país. Por enquanto não opera destinos internacionais, embora tenha tornado-se elegível desde junho de 2016.
Terminal 2 - Aeroporto Internacional Indira Gandhi
Sobrevoando Delhi e arredores
Todos os voos são low cost, embora eu tenha pago um valor maior pela ida até Leh pela GoAir e um valor menor pela volta, via Jet Airways, uma empresa que não é exclusivamente lowcost.
Sobrevoando os Himalaias
Neste voo até Leh, com duração de 2h, foi serviço somente lanche pago à bordo. Sobre a franquia de bagagem despachada, esta é de até 15kg, e a de mão, até 7kg. O controle é bem rígido, ao contrário da Vistara e da Jet Airways, que são bastante flexíveis.
Fica difícil descrever em palavras a emoção que eu senti!
O voo foi super tranquilo, mas quando sobrevoamos os Himalaias, todo mundo ficou de queixo caído, olhando pelas janelas do avião as montanhas cheias de neve. Foi um belíssimo espetáculo.
Não tirei o olho da janela e da câmera fotográfica, portanto, não tenho ideia de quanto tempo voamos sobre as montanhas cheias de neve dos Himalaias.
Poderia definir essa visão como um oceano branco, onde as elevações das montanhas se assemelham às ondas revoltas de um mar agitado.
O céu estava limpo e sem nuvens a maior parte do trajeto, o que nos possibilitou esta vista maravilhosa.
Mas quase no final da viagem, estas nuvens confundiam seu branco com o das montanhas da Cordilheira dos Himalaias.
Quase chegando ao destino, as montanhas já não eram tão brancas. Começava aqui a minha viagem entre as pedras, rios e montanhas de Ladakh.
Logo que desembarquei, senti os primeiros ventos gelados e este moletom era a minha única proteção. Lógico que depois eu precisei comprar roupas adequadas na cidade, ou então morreria congelada. Mesmo sendo quase verão, a temperatura à noite descia para 9 graus negativos. Durante o dia, as máximas eram em torno de 5 graus positivos. Fiquei uma semana em Ladakh, entre final de abril e início de maio de 2016.
Não é de arrepiar um aeroporto entre a Cordilheira dos Himalaias?
O aeroporto de Leh, chamado de Kushok Bakula Rimpoche Airport foi o aeroporto mais diferente que eu já conheci. É um dos aeroportos comerciais mais elevados do mundo, a 3.256 metros acima do nível do mar.
Dever ser fantástico (ou assustador) se a gente pudesse ter a mesma visão dos pilotos, na hora da aterrissagem em Leh!
Pista do Aeroporto de Leh, cercado de montanhas.
A cidade de Leh é a capital de Ladakh, uma região que pertence ao estado da Caxemira, na Índia e faz fronteira com a China (Tibet).
Aqui, as montanhas no outro lado da pista do Aeroporto de Leh
Este aeroporto fica entre as montanhas do Himalaia e, devido à presença de ventos de montanha na parte da tarde, todos os voos decolam e aterram pela manhã. Todas as decolagens e aterrissagens neste aeroporto são um grande desafio aos pilotos.
Após descer da aeronave, os passageiros embarcam em micro-ônibus para ir até os saguão do aeroporto.
Sala de Embarque do Aeroporto Kushok Bakula Rimpoche
O aeroporto é muito simples e não me pareceu possuir equipamentos sofisticados, então imagino que em dias de muito vento ou no inverno, onde a temperatura desce a mais de 42ºC negativos, ele deve fechar com frequência.
A segurança do aeroporto é apertada com patrulhas indianas do exército e , desde fevereiro de 2016, a AAI (Força Aérea Indiana) entregou o aeroporto à Autoridade Aeroportuária Indiana, que expandiu o mesmo para fins civis.
O aeroporto de Leh foi rebatizado de Kushok Bakula Rinpoche em 2005, que foi um dos mais conhecidos Lamas de Ladakh, além de um estadista e diplomata internacional da Índia. Não soube qual era o seu nome anterior.
Kushok Bakula foi reconhecido pelo Décimo Terceiro Dalai Lama como uma reencarnação de Bakula Arhat, um dos Dezesseis Arhats (discípulos diretos de Gautama Buda).
São quatro companhias aéreas que operam voos para Leh, são elas: Air India, GoAir, Jet Airways e, a partir de 25 de março, também a Vistara.
A cidade de Leh, que eu apelidei carinhosamente de Cidade de Pedra, fica a uma altitude de 3.500m acima do nível do mar e, logo que desembarcamos, recebemos um folheto com algumas orientações para as primeiras 24h: repouso absoluto, beber muita água e comer bastante carboidrato.
Começa aqui uma das aventuras mais incríveis que eu vivi na Índia, entre pedras, montanhas e altitudes de mais de 5.300 metros.
Você não achou incrível esta viagem sobre os Himalaias? E o aeroporto, cercado de montanhas?
Beijos,
Ana Maria
Linda esta montanha nevada.Antes de você dizer,eu fiquei em dúvida:será nuvem ou neve?
ResponderExcluirSão tão parecidas,até no nome!
bjs,Ana e feliz dia das mulheres!
Oi Paulo,o s Himalaias são belíssimos mesmo, de tirar o fôlego!
ExcluirVerdade, não tinha me atentado pela semelhança dos nomes nuvens e neves!
Muito obrigada pelos paranéns! Beijos